A proposta é inserir na periferia da Zona Sul de São Paulo, mais precisamente no distrito do Capão Redondo, um equipamento que proporciona ao usuário, um espaço de descompressão de sua realidade, e consequentemente, a reconexão consigo mesmo. A partir de premissas da psicologia ambiental se estabeleceu uma relação direta entre a arquitetura e a psicologia, criando ambientes a partir da perspectiva das pessoas e suas sensações. 

A saúde mental tem sido um tema recorrente da contemporaneidade que, regida pelo atual sistema, acaba colocando a questão em segundo plano. Mas, devido aos quadros a respeito de transtornos psicológicos, que só pioram, é cada vez mais difícil ignorar a necessidade de priorizar o assunto. E dentro desse contexto, a população periférica acaba sofrendo bastante, com a banalização da questão e pela ausência de equipamentos voltados para a saúde psicológica, visto que, geralmente pela intensa rotina, quase não resta tempo para olhar para si. E em tese, todas as Unidades Básicas de Saúde disponibilizam tal serviço, mas na realidade, não é o que acontece. Dessa maneira, o presente documento apresenta a proposta de um centro terapêutico – o “Triângulo” –, que procura relacionar, em um só equipamento, cultura, saúde mental e espiritualidade, dentro de um contexto periférico.